terça-feira, 23 de maio de 2017


desaba sobre mim a escuridão
e a noite como foice me degola
cadáver sem uma boca, logo agora
que berro, sem demora, morre então

os ecos em meu peito ao infinito
borbulham sufocados, tudo em vão
as sombras que sufocam quando grito
são surdas como as portas, que aflição!

silêncio tão completo me recobre
conforto não encontro nesse leito
foi feito de dejetos pouco nobres

um túmulo onde jaz a mim afeito
meu sonho, que de dia, se descobre
murmura mesmos ecos com efeito

Nenhum comentário: