rude carranca, o tempo, ele mascara
linhas cruéis com dentes escrevera
na fina tez, pra muitos, a mais cara
da fome eterna exposta na caveira
triste essa história, embora verdadeira a
face de tudo um dia ele massacra
nada sacia o tempo e se atrevera a
todas mascar, profana seja ou sacra
máscaras de papel, cetim ou ferro
pouco protegem - rosto segue enfermo
rugas que expressam fim de obra mais rara
obra sem fim de autor não consagrado
ninguém o lê, eterno desagrado
rude carranca, o tempo, ele mascara
Nenhum comentário:
Postar um comentário