quinta-feira, 1 de novembro de 2012

reflexão

essa finitude em meio ao infinito
esse despropósito em frente ao espelho
essa busca incessante por sair da sombra
isso tudo move e comove e ainda faltam palavras
devemos inventá-las para dialogar com o indizível

será que você me lê?
será minha pena teu instrumento?
o que quer de mim?
serás tão solitário quanto nós?

é como ler uma obra póstuma e ouvir o autor
mas não poder questionar ou mesmo aplaudir

quis me mostrar algo e te dei as costas
talvez, talvez um dia

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