quarta-feira, 14 de novembro de 2012

odisséia


confabulo à soleira da porta fechada
qual caminho a seguir dentre os tantos abertos
parecendo correto assumir o mais reto
ser melhor do que um torto, me lanço à estrada

caminhando entre matas e feras macabras
dou-me então por vencido e olhando mais perto
pela ausência de traço ou razão que venero
abandono essa reta que finda em nada

à saída da escura floresta, um rio
estampado com brilho solar me convida
e recusa não sendo possível, mergulho

não importa de qual forma nade, marulhos
me carregam por curvas por toda a vida
mas ao fim, desaguando em cidade me rio



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